METAS E MENTES: PEOPLE SKILLS PARA O SUCESSO

Resumo abrangente do episódio

-Autoconhecimento

Entender o que se pensa e sente leva a uma congruência entre essas dimensões. Isso permite modular comportamentos e crenças limitantes (outcomes 1). À medida que essa prática se torna contínua, a pessoa entra em uma jornada sem volta de evolução e transformação pessoal 

(outcome 2).

 

-Visão de sucesso

Ao descobrir seus pontos fortes por meio do autoconhecimento, a pessoa pode recriar sua visão de sucesso baseada nessas potencialidades (outcome 1). Isso lhe permite se apropriar de seu lugar de potência (outcome 2) e alinhar sucesso pessoal e profissional com propósito e felicidade (outcome 3).

 

-Superar resistências

Práticas como meditação, diário de bordo e maior presença ajudam a identificar crenças limitantes por trás de sabotadores (outcome 1). Ao transformar essas crenças, conquista-se maior liberdade e menor sofrimento (outcome 2), atingindo realização alinhada à própria essência (outcome 3).

 

-Liderança e engajamento

Líderes que estimulam confiança, propósito e escuta criam times mais engajados e produtivos (outcome 1). O método SNE mede engajamento considerando a contribuição e não apenas expectativas sobre a empresa (outcome 2).

 

-Felicidade

Ter base nas relações, sentido e aprendizado leva à felicidade por meio das substâncias dopamina, ocitocina, serotonina e endorfina (outcome 1). Isso gera pessoas e empresas mais saudáveis e bem-sucedidas (outcome 2).

Descrição completa do episódio

Sonhadores e fazedores, bem-vindos ao Podbrand, podcast sobre design, estratégia e inovação.


Sou Maurício Medeiros, mentor, consultor criativo em design estratégico e autor do livro Árvore da Marca, Simplificando o Branding.


Hoje temos o prazer de conversar com Caroline Garrafa, uma inovadora no campo do desenvolvimento humano e empresarial, que criou um método proprietário na abordagem de people skills.


Caroline une neurociência e liderança, impulsionando indivíduos e empresas a atingirem excelência e realização através da Santé, sua empresa de consultoria.


Etimologicamente vem do latim sanitas, que significa saúde, sanidade, relacionando-se com a palavra sano, que significa saudável, apenas como curiosidade sobre o branding.


A marca ASICS, de tênis e artigos esportivos, significa anima sana in corpore sano, que significa uma mente saudável em um corpo saudável.


Ambos têm uma origem do latim.


Vamos explorar como o autoconhecimento é essencial para uma liderança eficaz e o processo de criar uma visão de sucesso, alinhada aos pontos fortes individuais e às práticas diárias que mantém as pessoas focadas e equilibradas na busca de suas metas.


Caroline, seja muito bem-vinda.


Oi Maurício, bom dia, boa noite, foi um prazer estar aqui.


Caroline, eu é que agradeço a aceitação do convite, é uma honra de tê-la hoje no Podbrand.


O método Santé, que é estruturado em quatro dimensões, descobrir, recriar, construir e manter, é uma abordagem proprietária, que transforma a dinâmica de trabalho nas empresas, ao enfatizar o autoconhecimento como base para a liderança reconstruir visões de sucesso com base em pontos fortes, superar resistências internas e externas, definição de objetivos e manter o foco e o equilíbrio na conquista de metas, o método redefine um novo caminho ao sucesso organizacional e pessoal.


Então eu lhe pergunto, como você define autoconhecimento e de que maneira ele pode ser um catalisador para a liderança própria do indivíduo?


Muito boa pergunta e vamos começar pelo começo.


Simon Sinek sempre diz muito de start with why, comece pelo porquê.


Mas quando a gente fala de pessoas e quando a gente fala de people skills, a gente tem que começar pelo who, que é quem é você?


Então antes mesmo de entender o porquê, que é o seu propósito, a gente precisa entender quem é você.


Só que essa pergunta também foi muito distorcida com a palavra autoconhecimento e autoconhecimento foi muito banalizado.


Autoconhecimento está relacionado ao que você pensa e ao que você sente e a congruência desses dois fatores entre você pensar no positivo e sentir no negativo, na matemática mais com menos dá menos.


Se você pensar no negativo, mas você tem uma base fundamentada no positivo, o menos com mais também dá menos e as pessoas me perguntam, Carol, mas e se eu pensar no negativo e sentir no negativo, menos com menos na matemática dá mais e aí eu te falaria mais negativo.


Então autoconhecimento está relacionado em eu entender o que eu penso, o que eu sinto e aí a resultante disso é como eu me comporto e cada vez que eu entro em contato com essas três dimensões, eu trago pra si, eu trago internamente condições de mudar o meu comportamento, de modular, porque aí a gente entra todo como uma parte de não tem nada determinístico na genética, não tem nada que a gente possa falar que você não pode mudar, a não ser fisicamente algo, quando a gente fala de autoconhecimento e fala de cérebro, a gente tem a neuroplasticidade e eu acho que essa é a beleza, Maurício, cada vez que a gente se conhece mais é um caminho sem volta, mas as pessoas confundem muito autoanálise que é o autoconhecimento com autocobrança, então eu falo, eu me conheço, toda hora eu tô perguntando e tô falando.


Autocobrança tá ligado à emoção e eu ficar me pressionando, autoanálise tá mais na razão e eu ficar analisando mesmo pra tentar mudar e modular, recriar novos padrões, então eu acho que essa é a grande linha e como é um caminho sem volta, você não vai acordar um dia e falar, agora eu me conheci e agora acabou, você vai cada vez mais entrar nesses ciclos de se analisar, evoluir, mudar quando tiver que mudar, sem medo de errar, eu acho que essa é a base, esse é o fundamento pro começo de tudo e que a gente deveria pensar tanto no indivíduo quanto nas empresas.


É uma descoberta diária da jornada profissional, interessante tu mencionares o conceito do Golden Circle do Simon Sinek, eu tive um convidado, o Edson Matsu, que foi o diretor criativo da Melissa Grandene, e o Edson criou um conceito a partir do Golden Circle, que é o Emerald Circle, ele acrescentou a dimensão que tu mencionaste, que é o Who, que é o Quem, ele acrescentou uma mais que é para o Que, então é uma dimensão ampliada do conceito do Simon Sinek e isso é uma abordagem que eu acho que tem todo sentido mesmo.


Qual é o processo para recriar uma visão de sucesso alinhada com os pontos fortes individuais?


E para isso há necessidade de identificar quais são os meus pontos fortes?


Essa pergunta é muito boa porque a palavra processo é exatamente isso, de novo a gente tem uma cultura de olhar muito para a gap, a gente tem uma cultura e desde pequenininho e um sistema escolar que sempre está pensando no que eu não sou muito bom, o que me traz para a média, e eu transformo os indivíduos, os estudantes, quando eles saem dessas escolas, em ser humanos medíocres.


Quando a gente vai para um conceito de autoconhecimento e do conhecimento até da neurociência a gente entende que a gente tem uma maturidade racional, a gente está com o nosso sistema racional mais formado com 18 anos, eu posso escolher a faculdade, eu posso escolher a profissão, mas meu sistema emocional, que eu falei dessa interligação entre o pensar e o sentir, é só por volta de 25, 26 anos aonde eu tenho a consolidação.


Então primeiro, eu estou já imaturo para escolher qualquer passo e segundo, para descobrir quais são meus pontos fortes eu preciso ser estimulado e o meu estímulo na escola, mesmo quando a gente é pequenininho, a gente tem uma cultura de assim falar, se você não é bom nisso, estuda, para você tirar a média, mas se você já é bom, você já tira a média e talento é algo natural, talento é algo natural, mas para eu potencializar e vocês no Podbrand, vocês têm essa missão de a sua melhor versão, a sua melhor versão está associada ao seu lugar de potência, se você não descobre qual é o seu lugar de potência, se você não tem a base dos seus pontos fortes e dos seus talentos, você nunca vai se apropriar disso e se você é uma pessoa que você não vai bem em algo e você estuda e se esforça, você vai conseguir ficar bom, não tenho dúvida nenhuma, a gente já falou da neuroplasticidade, mas se você quiser se tornar referência e essa palavrinha que você usou, sucesso, se você quiser ter sucesso, você vai pegar o que você já é bom, primeiro descobrir e trabalhar em cima do que você já é bom, potencializar para que você realmente se torne extraordinário.


Então essa mudança de mindset, essa mudança de conceito, de padrão, de que a gente precisa entender quem nós somos, mas também a força dos nossos talentos, muda completamente a dinâmica da educação e essa visão tão conformista.


E quando a gente fala em autodescobrimento, a gente também tá, autoconhecimento, a gente também tá falando em descobrir qual é o seu ambiente, porque este sim é determinístico, então se você tá num ambiente tóxico, pra você descobrir os seus talentos se você tiver num ambiente tóxico, o ambiente é determinístico, vai ser muito mais difícil porque você vai ser influenciado por algo que é o conformismo, o cérebro ele busca muito explicação.


E aí tem muita gente que fala de zona de conforto, eu não gosto da palavra sair da zona de conforto porque isso te causa estresse, cortisol, eu gosto da expansão da zona de conforto.


Mas existe uma zona que é de conformismo, e essa você tem que sair, e esse conformismo é entender que a nossa cultura ela é assim, eu nasci assim, e eu sou assim e eu não posso mudar.


Não, você pode, você deve, mas pra isso você precisa se conhecer e recriar essa visão de sucesso, recriar esses padrões mentais que a gente tem tão enraizado.


Então esse é o grande descobrimento, a base é o autoconhecimento, e aí a partir daí recriar essa visão de sucesso, se apropriando do seu lugar de potência.


Isso tem tudo a ver com o princípio de Aristóteles, que a grande virtude do ser humano é justamente potencializar as suas virtudes, ou seja, desenvolver, praticar, ampliar as habilidades, ter foco e ser o melhor naquilo que tu já é bom, naqueles valores que já são expressos pelo seu talento.


Tu mencionaste sobre ambientes tóxicos, e isso é comum nas carreiras profissionais independente do perfil de empresa, quais são as técnicas mais eficazes pra superar resistências internas e este ambiente tóxico, ou relações tóxicas no ambiente de trabalho em direção aos objetivos definidos da nossa carreira?


Vamos chamar essas resistências internas de sabotadores?


Vamos chamar de crenças limitantes através dessa voz interior que muitas vezes ela quer nos proteger, ela não quer nos destruir, então acho que esse é o primeiro conceito que eu queria colocar aqui, a gente tem uma visão de autodestruição, a gente não quer se autodestruir, a gente quer se proteger, mas quem se protege muito não cresce, isso já tá provado, e veio um covid aí, veio toda uma pandemia até pra provar isso, a gente precisou se proteger, só que a gente afetou uma economia inteira por conta dessa proteção e principalmente o nosso cérebro que é social, ele foi afetado em graus ainda maiores, porque eu preciso dessa convivência, eu preciso dessa troca, porque quando a gente fala de talentos e eu ter o meu lugar de potência, é eu me apropriar, mas quando eu falo de cérebro social, eu falo no complemento que eu preciso ter com outros talentos que eu não tenha, e aí as minhas resistências elas deveriam ser supridas, primeiro pelos meus talentos, quem iria, Maurício, pra uma guerra, pelado, quem iria sem estratégia nenhuma e sem arma nenhuma, nós vamos todos os dias, a gente não sabe quem nós somos, não sabemos a força do nosso talento e não usamos o outro como apoio, a gente muitas vezes usa o outro como ameaça, e aí a gente vai pra uma batalha de resistência interna, de crenças que a gente cria desde pequenininho pra nos proteger, mas que acabam limitando a gente e não fazem a gente chegar no nosso potencial, existe uma falácia falando que a gente usa só 10% do cérebro, não, a gente usa o cérebro inteiro, a gente tem conexões no cérebro inteiro, mas a gente não usa na máxima potencialidade, então essa é a nossa oportunidade de entender um pouco mais sobre sabotadores e aquela historinha, quem você tá alimentando, o lobo mau ou o lobo ruim?


De novo, o lobo ruim não quer te destruir, mas ele te limita, é o que você tem falado, o que sai da sua boca, tem te nutrido ou tem te intoxicado, você morreria com as suas palavras, toda vez que você começar a prestar atenção, primeiro, em o que que tá por trás desse comportamento, dessa fala?


Toda crença, todo comportamento tem uma crença que é adjacente, que é algo que você acredita, e essas resistências são provindas dessas crenças, então quando eu entro em contato com essas crenças, eu tenho o poder de tentar mudá-las, e aí como que a gente faz isso diariamente?


Primeiro, fazendo uma autoanálise, primeiro pensando um pouco, e aí a gente tem estratégias como uma meditação pra você acalmar a mente, mas a gente pode falar de uma meditação que nem precisa ser eu parar, fechar os meus olhos, imagina numa meditação que eu começo a ter de volta o contato com os meus sentidos primários, eu começo a observar melhor as coisas, eu começo a sentir o cheiro das coisas melhor, a vida tá tão em piloto automático, que eu tô esquecendo e eu tô fugindo um pouco até dessa essência, que é o que é o primeiro filtro que eu tenho do mundo, e com isso faz que eu fique distante do que eu vim fazer, do que que eu posso fazer, qual que é a minha potencialidade, então acho que a estratégia, a melhor estratégia que eu posso falar é essa meditação associada ao dia a dia em tudo que eu for fazer, eu realmente ter uma mente mais plena, eu focar naquilo que eu tô fazendo, mas se tiver a prática do diário de bordo ali, todo final de dia, eu falar um pouco, o que que aconteceu nesse dia, eu trazer um pouco, quais foram as minhas dificuldades e o que que eu faria de diferente, eu tô tirando da minha crença e tô trazendo pra minha consciência e portanto na consciência e na razão, eu tenho o poder de transformar e de mudar e de minimizar, porque como o cérebro busca por alternativas e por justificativas, cada vez que eu tenho uma crença, existe um radarzinho ligado que eu busco a explicação pra eu reforçar essa crença, então se eu não faço esse processo de consciência, eu caio na armadilha de só reforçar e começar a falar, tá vendo, eu não consigo mesmo, tá vendo, não era pra mim ou preciso trabalhar, trabalhar, trabalhar e não posso descansar, isso também é uma crença, isso também a gente chama de sabotador, porque parece que isso não é uma resistência, não, isso me dá poder, te dá poder até te dar burnout, até te dar uma fadiga que você não para nunca, porque você tá sempre achando que não pode nunca ter um descanso e a gente vai falar um pouquinho mais pra frente sobre equilíbrio, então tudo isso é parte de uma estratégia diária, porque é todo dia mesmo, se você passar um dia sem tomar essa consciência, você tá caindo numa armadilha de muitas vezes automatizar processos ineficientes dentro do seu cérebro e aí a gente poderia aqui passar o dia falando sobre o que a gente tá fazendo com uma nova geração que não tem limite, que foi toda automatizada, a gente não pode generalizar uma geração inteira, mas que a gente tá vendo cada vez mais pessoas que não entendem o seu limite, que não tem muita paciência, que querem pular etapas e isso prejudica demais, aprendizado, saúde mental e tudo que a gente tem falado é isso com certeza, então a grande chave aqui do que a gente falou é se descobrir e descobrir o seu ambiente e aí procurar mesmo qual que é o ambiente que te proporciona evoluir, recriar talentos e esse padrão mental, a gente mudar a nossa própria cultura e achar esse caminho para as potencialidades, a gente se descobrir e entender no que a gente é bom e primeiro se potencializar para aí depois a gente combater as nossas vulnerabilidades com essas ferramentas da potencialidade e a gente se apropriar disso, porque a última coisa que eu quero falar é que muita gente acha que resistência interna sabotador é o ao contrário dos nossos pontos fortes e do nosso talento e na verdade é uma linha bem tênue, é uma exacerbação do que eu faço bem, então exemplo, talento da organização, se eu tenho esse talento e infelizmente eu não tenho, mas se eu tenho esse talento quando eu tenho a exacerbação disso eu tenho uma pessoa metódica, eu crio uma até uma caricatura de um perfeccionista e isso vira sabotador, eu acabo me fechando em cima de algo que eu perdi o equilíbrio, então tudo na vida é equilíbrio, tudo.


É muito boa a analogia que tu fizeste sobre ir para a guerra despreparado, sem os equipamentos, sem as condições psicológicas e uma guerra, podemos entender como os desafios diários e situações inesperadas que surgem a qualquer momento e aí tu mencionaste nesta técnica de, vamos dizer, de reflexão diária e que pode inclusive ser anotado talvez como um exercício, além desta técnica, o que mais você poderia recomendar para que as pessoas mantenham foco nas suas metas sem perder o equilíbrio?


Primeiro eu vou começar de trás para frente do que você falou, ter metas, ter objetivos.


Muita gente está tão em piloto automático que acaba sendo engolido pelo dia a dia, que acaba realmente não tendo uma visão de onde quer chegar.


Para eu entender aonde eu quero chegar, eu preciso saber aonde eu estou.


Vamos fazer uma brincadeira aqui, Maurício, se eu precisasse de ajuda agora, eu te ligo e a gente está no Brasil e eu te falo, Maurício, você pode me ajudar, eu preciso chegar na Avenida Paulista, você pode me ajudar?


Claro, se eu souber a direção, certamente.


Tá bom, então me ajuda, como é que eu faço para chegar lá?


Depende de onde você está.


Perfeito, então mesmo que eu tenha esse pedido de ajuda e todos os dias o nosso cérebro tem esse pedido de ajuda, aonde eu quero chegar, o que eu quero fazer, mas sem o ponto de partida, que eu não chego.


Então, quando a gente fala de equilíbrio e como é que a gente entende esse equilíbrio, a gente precisa saber qual é o ponto de partida desse equilíbrio, e aí a gente quebrar uma outra crença, olha a gente falando já de crenças limitantes, equilíbrio para o cérebro não é balança, equilíbrio para o cérebro não é 50-50, porque se eu falar quanto tempo a gente passa trabalhando e quanto tempo a gente passa descansando, a gente já vai entender bastante que esse conceito é quebrado, porque se não eu estaria atrás de algo que eu nunca vou ter.


Quando a gente fala de equilíbrio para o cérebro, eu estou falando de um equilíbrio dinâmico, eu estou falando de eu ter uma meta, de eu ter um plano para alcançá-la, mas eu fazer checkpoints diários, por isso que toda a resposta é uma ligada à outra.


Manter o equilíbrio é eu não perder a guarda, não é ficar em vigilância falando o que eu preciso fazer, o que que é, porque isso é até um sabotador, que você fica mais ansioso, mas é, eu adoro a frase que quem não mede não conhece, quem não conhece não controla, e quem não controla não melhora, então eu preciso ter um ponto de partida e começar a ter os meus checkpoints em cima da minha visão, eu preciso ter um objetivo, e aí é muito legal falar de objetivo, porque esse é o indutor número um da dopamina, a gente fala que a dopamina é o nosso hormônio do prazer, então para a gente sentir felicidade, ele está entre o quarteto da felicidade, e a gente precisa de uma liberação de dopamina, verdade, mas na verdade mesmo ela é um hormônio da intencionalidade, então quando eu monto ou quando eu traço um objetivo e ele está claro, só de eu pensar que eu posso alcançá-lo, eu ter a intenção de, eu estou fazendo essa liberação, então não basta só eu entender onde eu estou, eu preciso saber aonde eu quero chegar e ter a intenção, ou seja, um plano de ação para eu conseguir executar fazendo esses checkpoints, é isso que eu falaria que é o principal meio da gente conseguir diariamente ter essa consciência e ter esse caminho para o sucesso.


Perfeito, como você mede e interpreta o nível de engajamento das equipes, e com base nesta avaliação, de que maneira você utiliza os dados coletados para influenciar e moldar os planos de ação dentro destas empresas, utilizando especialmente a metodologia SNE, nível de engajamento santé, que é um método proprietário que tu desenvolveste para justamente trazer à tona esta dimensão.


De onde vem tudo isso, né?


Então primeiro falar, eu sou engenheira de formação, não sou psicóloga, então o meu background ele é números, e a minha carreira foi muito pautada em mercado financeiro, então quando a gente fala de nível de engajamento e ambiente, a gente tá falando que mercado financeiro, primeiro pra uma mulher, eu não gosto de levantar a bandeira de feminismo, mas sim, mulher, ambiente de trabalho, muito masculino, né, ainda até hoje, mas quando a gente fala de nível de engajamento, e a gente vê pesquisas, então como eu passei mais de 10 anos trabalhando em banco, todas as pesquisas, e quando a gente vai pra Great Place to Work, ou todas essas pesquisas que envolvem eu entender as melhores empresas pra se trabalhar, elas têm uma falha muito forte, e eu durante 10 anos percebi isso.


Quando a gente tá respondendo, a gente responde pensando muito na empresa.


Então eu tô me colocando muito como coadjuvante, porque eu tô tendo uma visão do que eu espero da empresa, e o que a empresa está me dando.


Quando você tem uma visão de protagonismo, e não de antagonismo, você se coloca, o que eu estou fazendo pra essa empresa, o que, como eu estou colaborando pra essa empresa.


Então o SNE que a gente fala, que é o nível de engajamento da Sante, primeiro ela tem uma conversa muito forte em cima da cultura, pra eu entender que perguntas eu preciso fazer pra entender se esse funcionário está engajado, e se ele está engajado, não é só o que ele espera da empresa, mas o que ele tá contribuindo pra essa empresa junto, porque essa é a chave de sucesso.


E tem um neuroeconomista, um americano, chamado Paul Zak, e ele fez uma pesquisa muito interessante relacionando confiança com alegria, e confiança com alegria tem muito a ver com um estudo da onde foi a minha base de pular de engenheira pra especialista em neurociência, porque quando você percebe que as pessoas não têm confiança nesse local de trabalho, de novo a gente volta pra ambiente, quando a gente percebe que as pessoas não veem propósito naquilo que elas estão fazendo, não é no que a empresa está só pedindo, é em como elas estão contribuindo, não tem uma correlação exata com a alegria e satisfação no trabalho.


O R que a gente chama de correlação neste caso, quando existe, é 0,77.


Isso significa, no 1, uma correlação absoluta, 0,77 é muito grande, então a gente deveria medir a indução, eu falei de dopamina, né, agora eu vou falar de ocitocina, que é a indução desse neurotransmissor, desse hormônio, que mede as relações, as relações que eu tenho com os indivíduos, as relações que eu tenho com a empresa, e dá pra eu induzir ocitocina se eu der um melhor direcionamento, se eu der um melhor propósito, se eu tiver uma escuta ativa no meu funcionário, então imagina eu como líder, tentando fazer este engajamento, e eu consigo medir isso, até o ponto que eu dou autonomia, e eu devolvo e a pessoa tem um direcionamento, mas ela consegue fazer o trabalho dela.


Com essa correlação, o SNE, ele mede um pouco o protagonismo, com base, claro, nas características de cada cultura, pra gente falar exatamente a diferença entre o que a empresa espera, de como a empresa está, mas principalmente, como é que os funcionários, eles são os grandes propulsores, eles são os grandes, se seu funcionário está triste, como é que você vai vender um produto?


Se o seu funcionário está desengachado, como é que é a produtividade em cima do seu serviço?


E tem uma pesquisa do Google, que mediu durante dois anos, quais eram os fatores de times de mais alta performance, e aí tem uma correlação exata com o engajamento, claro, mas o fator número um, não era pegar o melhor cara de tecnologia, a pessoa melhor de comercial, a melhor pessoa de, não eram pegar as grandes mentes de cada uma das áreas, como a gente tem muito pensando em Scrum, quando a gente pensa muito em métodos Agile, não era sobre isso, era o fator número um, era ter segurança psicológica, então quando a gente fala de nível de engajamento, a gente também tenta ver se essa empresa tem um ambiente com uma segurança psicológica propícia para que os indivíduos evoluam, e para que eles se sintam parte, então essa é a grande mudança do SNE para qualquer pesquisa, e aí em cima da metodologia de descobrir o seu ambiente, de entender quais são os talentos que estão envolvidos, de quais são os sabotadores e as gestões de crises para poder manter esse ambiente de trabalho, a gente faz esse diagnóstico completo e muito assertivo pensando nessas estatísticas e nessas correlações.


O Paul Zeck é sensacional, o estudo dele sobre o hormônio da confiança, que é esse tocina, que resultou num livro maravilhoso, é muito verdadeiro, e isso eu diria até que é muito negligenciado dentro das empresas, inclusive para as áreas de recursos humanos, que deveriam criar mais esforço de formação de líderes, de gerentes, de diretores, levam-se nas grandes corporações e fazer com que estes líderes estimulem isso ao citocina, nas equipes, que acaba resultando numa empresa coesa, com resultados através da harmonia.


Entrando na questão da cultura organizacional, os oito estilos da cultura organizacional da Harvard Business Review, que incluem resultados, autoridade, segurança, ordem, cuidado, propósito, aprendizado e desfrute, eles descrevem bem as maneiras pelas quais as empresas operam e se comportam internamente.


O SOC, que significa One Culture, é um diagnóstico que utiliza estes estilos para avaliar e desenvolver a cultura de uma organização alinhada à sua estratégia.


Com isso em mente, como você aplica os oito estilos de cultura da Harvard Business Review, um diagnóstico SOC, para desenvolver estratégias de liderança mais eficazes?


Essa pergunta é muito interessante, porque eu acho que o nosso grande próximo passo é realmente cair as fichas, a gente ter os insights, que a empresa é um reflexo das pessoas que estão nessa empresa.


Isso é óbvio, mas a gente ainda não se deu conta.


Toda vez que eu dou uma palestra, aconteceu no último final de semana, quando eu falei sobre autoconhecimento, mas mais do que falar, 70% precisa ser prático, então eu peço licença para entrar na cabeça das pessoas ali, da plateia, para a gente fazer um autoconhecimento ali na prática.


E quando as pessoas, elas unlock, elas abrem a cabeça mesmo, e é tudo que vem delas, a pergunta foi, Carol, como é que eu levo isso para a empresa?


Porque se as pessoas percebessem isso, a gente estaria a um passo à frente, e quando a gente fala de cultura de empresa, a gente está falando também de diagnóstico, a gente está falando de cultura do país, a gente está falando de cultura de como a gente nasceu nas nossas casas, então, eu estou no Brasil, estou em São Paulo, você está em Bangkok, você está na Tailândia.


As culturas são diferentes, e isso influencia 100% no trabalho que a gente faz, na forma como a gente se comporta, na minha liberdade ou não liberdade, então quando eu falo dos modelos de Harvard, e eu acho que a gente sempre tem que pegar instituições que já estudaram muito o tema para a gente usar como base, então eu não quero recriar a roda, mas eu quero, através dos estilos, eu ter um diagnóstico apurado, então o que a Sante fez?


A gente criou um diagnóstico para eu apurar a cultura, só que para eu apurar a cultura e entender o quão distante está do que eu acredito que deveria ser, porque muito a gente fala, nossa cultura é essa, mas essa é a cultura que a gente queria ter, e eu gosto muito da frase do Peter Druck, que ele fala, a cultura come a estratégia no café da manhã, porque eu posso ter a estratégia que for, eu posso ter a cultura presa na minha parede, mas se não é o comportamento do dia a dia, eu sou engolido, e isso influencia, de novo, no engajamento, que influencia no resultado, e aí as pessoas falam, ah Carol, mas não dá para romantizar a felicidade dentro do trabalho, pois é, a gente acabou de falar de Paul Zeck, a gente acabou de falar sobre Paul Zeck, da confiança, da base da ocitocina ali, que gera alegria, felicidade, e quanto mais felicidade, maior engajamento, então como que a gente não vai correlacionar todas essas coisas?


E aí, pensando na pesquisa que eu tive a oportunidade de fazer, que foi exatamente na transição da engenharia para especialização de neurociência, é, quando eu comecei a me conhecer, Maurício, e a me conhecer de verdade, foi depois de tomar um só alavanco.


O que é um só alavanco?


Às vezes a vida, você tá no piloto automático, você toma um tranco que a vida te para, e eu perdi meu pai, mas eu tava numa carreira de muita ascendência, de muito sucesso, tava em pleno voo dentro do banco, já tinha um cargo de liderança, ganhava bônus muito altos, e eu pensei, mas pera, o que que é trabalho, o que que é propósito, isso tá de acordo com os meus valores?


Depois que eu perdi meu pai, eu precisei desse chacoalhão pra parar pra pensar o que que é a vida e o que que era a felicidade.


E quando eu olhei ao meu redor, eu falei, essa é a cultura e esse é o ambiente aonde eu quero estar, olha a cultura, ambiente, autoconhecimento, tudo entrando, e eu acredito muito nisso, que o que você não sentiu, o que você não viveu, o que você não experimentou, você não pode ensinar, você não pode falar sobre.


Tem muita gente que tá confundindo informação, que tá muito disponível e tá muito rasa, com conhecimento, que é uma coisa muito mais profunda, e conhecimento exige experiência, exige experiência, e quando eu passei por isso, foi quando me deu essa sensação de ter algo faltando, e eu comecei a questionar que as pessoas ao meu redor estavam em piloto automático, e que eu também estava, e eu não tinha percebido isso.


Então quando eu fui pra França, e é da onde vem o nome da empresa, que é o Santé, quando eu fui estudar e fiz essa minha pausa, que ao invés de falar de um sabático, que eu vou pensar no que eu quero, não, eu já sabia o que eu queria, eu queria descobrir o que era felicidade, o que era sucesso, e qual era o tal do meu propósito, que muita gente também distorce essa palavra de propósito, então eu fui fazer a pausa, mas em estudo, então eu fui estudar comportamento humano em Lyon, junto com matérias de liderança.


Quando eu fiz a pausa, e é por isso que eu falo da importância da autoanálise, indo pra faculdade, andando, e pensando, refletindo, analisando, me caiu o grande insight da minha vida, que minha vida não eram números como a engenharia tinha me dado, eram pessoas com resultado, o que mudava completamente a minha equação, eram pessoas primeiro, por isso que dava tão certo no banco, não é que eu tinha o talento do mercado financeiro, eu tinha talento com as pessoas que desenvolviam isso, eu falei, que interessante, e eu li bastante livro sobre felicidade, a gente até pode indicar alguns daqui a pouco, mas principalmente, eu percebi que eu não ia descobrir na teoria do livro, que eu precisava pegar o livro e ir pra prática, então eu pedi, eu tirei uma licença do banco, fui fazer todo esse meu MBA fora, em Lyon, na França, chegando lá, eu percebi que aquilo não seria suficiente na teoria, e eu comprei uma passagem, e dei a volta no mundo, fui pra Tailândia, fui pra Bangkok, perguntando, o que é felicidade pra você?


E através desta pesquisa ao redor do mundo, foi aonde veio a inspiração do método Sante, que apesar da pergunta ser muito ampla, e todo mundo, em primeira vista, pensar que a felicidade é algo muito individual, e cada um tem a sua, é algo que eu descobri um padrão, então eu queria fazer ao vivo aqui, se você me permitir, e te perguntar, o que é felicidade pra você, Maurício?


É um desafio constante, eu tive um episódio com a Sandra Teschner, uma querida amiga, especializada em felicidade, cujo título foi o design da felicidade, e abordamos o episódio inteiro sobre este tema, a felicidade da forma com que eu interpreto, é quando o meu dia, ele se ilumina do jeito que eu esperava que fosse, de um ponto de vista mais introspecto, é quando a alma toca o ser, o racional, a matéria, é a combinação entre essência e forma, enfim, a felicidade pra mim não é um momento isolado, uma ocorrência, é um estado de espírito, que nem sempre ocorre, mas é quando a gente se sente em plena potência, usando um termo que tu utilizaste, que inclusive é uma tese que o professor Clóvis de Barros Filho utiliza, que a felicidade é quando exercemos o máximo de potência num dado instante, e ainda, que a gente gostaria que aquele instante não acabasse, resumindo, incluindo alguns aspectos da filosofia, é desta forma com que eu encaro.


Perfeito, perfeito, e acho que você pegou na essência, e o que as pessoas me respondiam ao longo dessa jornada tem muito a ver com alguns pontos abordados, porque cada um tinha uma definição, mas quando eu perguntava, então me fale um momento onde você foi feliz, já que não são só momentos, mas quando você traz pra sua memória, o que que você pode chamar então desse estado de espírito da felicidade, e ninguém trazia momentos sozinhos, momentos mesmo assim, falar, deixa eu lembrar dos últimos tal, sempre tinha o ser amado e amar, então felicidade está correlacionada em eu gostar de quem eu sou e eu ter o toque na minha essência mesmo, mas eu também amar o próximo, eu também devolver ao próximo, tem a ver com o ser ouvido, porque não basta eu fazer parte de uma empresa, eu, as pessoas até gostarem de mim nessa empresa, mas eu não me senti ouvido, e dentro de casa também, tem muita gente que tem uma família boa, mas não se sente pertencente dela, se acha muito descolado, então o senso de pertencimento também é um segundo critério da felicidade, que eu traduzi em ser ouvido, porque quando a gente vai pra dentro de uma empresa, e a gente falou disso, a parte de como eu contribuo, é se eu sou escutado, se alguém realmente deu relevância praquilo que eu falei e colocou em prática, então ser amado, ser ouvido e poder errar, a gente tá numa cultura infelizmente que a gente não admite o erro, e que a gente quer pular etapas e a gente tira a vulnerabilidade do jogo, porque eu preciso ser bom, eu preciso ser perfeito, eu preciso acertar rápido, e se eu não me dou o poder de errar, eu não tô aprimorando nada, aliás eu não tô nem aprendendo, porque existe uma parte do nosso cérebro chamada cerebelo, que não está associada só ao equilíbrio, está também associada à automatização do meu comportamento, e quando eu não erro, eu não dou o feedback certo pra ele se aprimorar, olha a importância de feedback, de feedforward pra empresas, é assim que o cérebro aprende, lembra que eu falei da analogia entre ser humano, cultura, empresa, ambiente, cérebro, o nosso cérebro é uma empresa, onde o meu sistema racional é meu CEO, que ele toma decisão, ele faz planejamento, onde o meu sistema límbico, que é o meu sistema emocional, são os meus funcionários, se os meus funcionários param, se ele paralisa, a empresa não anda, e aí o CEO pode mandar o que ele quiser, a empresa parou, porque o meu sistema emocional está defasado, e tem o meu CTO, o meu DEV, que é o meu cerebelo, que é o cara de TI, que é a menina, a pessoa de TI, que vai automatizar processos, eu não mandando qual é o processo que tá errado, eu não permitindo o erro, eu não estou automatizando certo, então o nosso processo de aprendizagem é por tentativa e erro, mas a gente não se permitindo errar, a gente aprende menos, a gente se relaciona menos, então quando a gente tá falando de todo esse processo da felicidade, eu tô falando que essas três bases de ser amado, ser ouvido e poder errar, constituem três características que independem de cultura, a gente acabou de falar que as nossas culturas, por a gente tá um no Brasil, outro na Tailândia, é muito diferente, mas a felicidade, apesar de os momentos poderem ser diferentes, a base, ela é universal, e quando eu voltei, eu falei, eu preciso achar se tem ciência nisso que eu descobri, e que é aí que eu fui pra neurociência, entender o cérebro, entendi que autoconhecimento é a gente entender o que a gente pensa e o que a gente sente, e aí vem o cunho do termo people skills, que é a congruência entre o que eu penso e o que eu sinto, a congruência pra enxergar a vida com mais oportunidades, então como eu me relaciono comigo, como eu me relaciono com os outros, e aí o mais bonito disso tudo, Maurício, foi perceber que na neurociência tinha sim um cunho científico pra isso, e que tinha esse tal de quarteto da felicidade, que é a dopamina, ocitocina, serotonina e endorfina, que eu carinhosamente dentro da Sante, nós apelidamos de dose, que é os quatro, e a frase é, entre o remédio e o veneno, a diferença é a dose, porque você pode querer ter uma felicidade extrema e cheirar cocaína, porque você vai ter dopamina, vai subir, mas você tá minando os seus circuitos ordinários, que te trazem uma felicidade que ela é muito mais sustentável, que é o do dia-a-dia, que é tudo que a gente falou agora, as práticas diárias, o autoconhecimento, eu vou pelo caminho mais curto e eu tô minando todo o resto, que a gente fala muito e a gente já discutiu um pouco sobre isso, que é processo, felicidade, propósito, sucesso tem a ver com processo, é o como eu, eu costumo falar muito que felicidade é igual uma borboleta, se você tenta capturar, ela foge, se você tenta tentar ficar perseguindo a sua felicidade ou o seu propósito, ele não vem, mas se você semeia o seu jardim, se você cuida do que é seu, do seu corpo, da sua alimentação, da sua saúde mental, da sua saúde espiritual, da sua saúde física, essa borboleta volta, então a gente tá falando que é o processo entre semear este jardim aonde você vai descobrir, por isso que não é momento e a gente concorda muito.


Então tudo isso pra te falar, que era a pergunta da onde você tava chegando, de a gente precisa correlacionar dentro das empresas, felicidade sim, com cultura e com propósito, só assim a gente vai entender a máxima da nossa potencialidade e chegar na sua melhor versão e esse é o processo, é descobrir, recriar, desconstruir sabotadores pra construir, pra manter esse equilíbrio, tudo focando em people skills, onde já tem estudos que mostram, principalmente estudos de Harvard, mas já tem vários outros, da Gallup, tem várias outras universidades falando sobre isso, que 85% do sucesso de uma pessoa tem mais correlação com as suas people skills do que com as suas hard skills, porque é a forma, e aí me perguntam muito porque people e não soft, eu já ouvi falar soft, nunca ouvi falar people, porque people skills não é soft, não é macio, não é leve, e quando o cérebro escuta soft, ele já cria que é menos importante do que hard skills e isso tá caindo, então a gente tá se apropriando de people skills.


Tem Simon Sinek que chama de human skills, que é muito similar, porque é do ser humano, as outras que chamam de power skills, de essential skills, eu acho que ainda fica um pouco a desejar quando a gente fala do que o cérebro interpreta, porque se eu falo power é empoderar, é poder, mas mesmo assim eu já falo, só quem tem poder pode ter, e people skills, se é pessoa você pode ter, então eu acho que human skills, você é ser humano, você deve ter, então é por isso que a gente tá apunhando o termo e por isso que a gente tá falando, eu te falei um monte de coisa aqui, mas só pra entender a história e o embasamento desse método único e você falou sobre a santé, sobre da onde vem, saúde, é por isso, ela nasceu na França por conta disso, tudo tem que ter significado, dê significado pras suas coisas, dê significado pra tudo o que você faz, e a santé além de ser saúde, e a gente pensar em sanidade, saúde mental, física, e toda a parte espiritual, que é um tripé mesmo, saúde também significa, igual a português, brinde, e a gente precisa conseguir celebrar as nossas vitórias, a gente precisa conseguir ter a pausa pra refletir, mas também a pausa pra gente celebrar e pra gente falar, eu conquistei isso, o cérebro gosta desses momentos, que é assim que ele evolui, agora eu já conquistei, qual é o próximo?


Esse é um tema maravilhoso, merece um episódio inteiro, apenas sobre a questão do propósito, que é um desafio que todo mundo deveria buscar a resposta, que eu chamo de arqueologia ontológica, que no português profundo, seria uma garimpagem dentro da gente mesmo, quando eu fiz uma avaliação mais detalhada sobre a minha jornada até um dado momento da minha vida, eu identifiquei o meu propósito, o Podo Brenda é resultado da missão que eu estabeleci a partir deste propósito, e eu escrevi um livro que se chama Árvore da Marca, e lá eu descrevo inclusive essa passagem, que foi a descoberta do meu propósito e que resultou na minha missão e na minha visão, e o meu propósito é ter uma vida próspera e harmoniosa em busca do conhecimento e significado, exatamente isso que tu falaste, e que resultou na minha missão, que é a forma com que eu entrego esse propósito para a minha própria vida, que é ajudar as pessoas a alcançarem sua melhor versão, que passou a ser o propósito do Podo Brenda, e foi exatamente fazendo esse exercício que eu identifiquei o porquê esse propósito é aquilo que me torna realizado na vida, porque todos os momentos que eu senti esta potência que eu mencionei, fazendo a relação com a felicidade, foi exatamente quando eu estava aprendendo, adquirindo conhecimento e entendendo o significado de todas as coisas.


Maravilha, quem sabe a gente faça um episódio no futuro especificamente sobre esse tema, será uma alegria.


Carolina, entramos agora no pinga-fogo, são três perguntas que eu faço a todos os convidados, quais são as virtudes do empreendedor de sucesso?


Gostei porque já são virtudes, eu acho que são várias e quando a gente fala de virtudes a gente tem que falar que a pessoa tem as próprias, mas eu falaria que como o número um, se ele já tem sucesso, que é um empreendedor de sucesso, ele já tem uma certa liberdade.


Liberdade, a gente sabe que o empreendedor trabalha até mais, mas é uma liberdade de expressão, é uma liberdade de cultura, porque ele conseguiu criar algo que tenha a ver com o propósito e com a missão dele, porque sucesso para mim está correlacionado, muita gente me pergunta, Carol, dá para ter sucesso e ser feliz?


Eu escuto bastante, e a minha resposta sempre é, inverte isso, dá para ser feliz e ter sucesso.


Então, quando a gente fala de um empreendedor, uma virtude de um empreendedor de sucesso, acho que ele descobriu esse caminho e ele tem uma empatia cognitiva, que existem diferentes tipos, no próximo episódio a gente fala mais sobre isso, mas é uma empatia de eu entender um pouco uma necessidade da sociedade, porque se ele é empreendedor ele está salando isso, mas com um tripé que é o de sucesso mesmo, é o que ele gosta, o que ele faz bem e o que devolve ao mundo um pouco do que ele tem.


Então, eu falaria que esse tripé, o grande tripé de sucesso, e se ele gosta e ele faz bem é porque ele já se conheceu e já se apropriou desse talento dele e faria uma pitada aí de humildade, eu acho que empreendedores de sucesso precisam ter essa humildade até para descobrir sua verdadeira felicidade, e aí eu estou falando do que é sucesso para Carol, que não é ter dinheiro necessariamente apenas, é ser feliz e ter sucesso, então envolve aí também essa pitada de humildade.


O que diferencia os sonhadores dos fazedores?


Fracasso é um estado de espírito, sucesso é um estado de ação, ação é muito bom sonhar, tem que sonhar, acho que tudo começa no sonho, mas não termina na ação, a ação é o meio para você conquistar o sucesso que a gente estava falando ali, então eu acho que não é nem uma diferenciação, é a ordem das coisas, eu sonho, depois eu faço acontecer, se eu não tenho a ação, eu não tenho sucesso, então é quase que prioritário a gente colocar nessa equação o sonhar, não acho ruim sonhar, mas eu preciso transformar o sonho em meta, sonho sem ser meta ele é só um sonho, ele fica, lembra que eu falei das métricas de conhecimento e tal, quem sonha, e aí vou falar mais uma frase que me impacta muito, que a gente se baseia muito no descubra, quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta, de novo a gente vai voltar para o autoconhecimento, então essa é a diferença entre os dois, que nem é uma diferença, é só uma continuidade.


E a última, o que é design?


Design, essa palavra eu acho ela muito boa, porque design, muita gente fala, ah qual que é o design disso?


Eu associaria criatividade com utilidade e usabilidade, se eu pegar essas três palavrinhas juntas, independente se é um desenho, se é uma arte, se é uma ideia, se é uma reestruturação do meu cérebro, eu consigo expandir, então design para mim é uma expansão ligado a criatividade, usabilidade e utilidade.


Entramos agora em uma das nossas sessões mais apreciadas, que é a indicação de leituras.


Quais livros impactaram a sua trajetória?


Falar de impactar a trajetória, eu sempre vou começar com o meu livro base, que é a Bíblia, não tem como eu não falar da Bíblia, sendo que ela é muito atual, apesar, mas eu não vou recomendar a ler, porque quem nunca lê, eu falo assim, lê a Bíblia, eu até estranho, né?


Então eu vou começar indicando um mês para viver, e por que que eu vou indicar um mês para viver pensando um pouco nesse cunho que é uma base mais espiritual, porque se a gente entender que a gente é finito, a gente começa a dar valor e o grau de prioridade muda, e muita gente fala, ah não, eu não quero nem pensar sobre isso, porque se eu pensar nisso, isso já me causa pavor, e eu gostaria de te falar que ainda bem que a gente é finito, porque se a gente fosse infinito, a gente estaria ainda numa situação ainda pior, a gente sendo finito, já não tá tão bom o mundo, imagina a gente sendo infinito aqui, então é interessante ganhar essa consciência, então esse é o primeiro, um mês para viver.


O segundo, Biologia da Crença, que explica bastante sobre ambiente, eu falei aqui muito sobre o quanto o ambiente é determinístico, e ele explica bastante da onde vem isso, o estudo ali do genoma, que foi muito estudado, gastado bilhões de dólares, e chegou-se à conclusão que não é determinístico, que não é a genética, é o ambiente.


Então Biologia da Crença é um livro para quem gosta de falar sobre crença que é limitante e tal, um livro técnico, mas muito bom, muito bom.


E eu não podia deixar de indicar o Trust Factor, que é do Bruce Lipton, a Biologia da Crença, Bruce Lipton, e o Trust Factor, que é do Paul Zeck, que eu citei ele algumas vezes aqui, então nada mais justo do que falar para as pessoas se aprofundarem, porque levar isso para dentro de empresas, óbvio que com ajuda, óbvio que com diagnósticos apurados, mas para entender o quanto a confiança ligada a propósito traz a felicidade que gera engajamento e, por consequência, traz resultado.


E o livro, eu vou falar quatro, posso falar mais um?


Claro, a vontade.


Quanto mais, melhor.


Lugar de potência do, vamos falar de um brasileiro, né, o Ricardo Basaglia, presidente da Michael Page, e eu estou no QR code dele dentro do livro, né, o meu livro está em processo de criação, a gente está fazendo a última revisão, mas ali eu consigo dar uma pitada, mas por que o lugar de potência?


Porque a gente também falou bastante aqui, qual que é o seu lugar de potência, qual que é a sua melhor versão e quando a gente descobre isso, a gente tem um caminho muito mais amplo para a felicidade e para as conquistas que a gente quer ter e o Basaglia, como presidente da Michael Page, entrevistou mais de 10 mil pessoas e traz ali o lugar de potência dessas pessoas, uma visão mais hard skills do que people skills, é hard skills das people skills, mas que traz muito conhecimento e empoderamento, então já está com o best-seller aqui e eu indico para todos vocês.


Excelente lista de recomendações.


E vou ler o teu, porque eu quero indicar no próximo.


Muito bem.


Sobre qual tema será o teu livro?


O meu livro, ele vai contar um pouco dessa trajetória do De Volta ao Mundo e da pesquisa, para se apropriar e do método, né, e a gente fala muito sobre propósito, felicidade, mas como esse processo que não é alvo, que as pessoas confundem, então o título ainda está sendo discutido exatamente porque perguntar o que é felicidade para você, que é o objetivo do meu estudo, seria chover no molhado, que já tem muita gente falando, então a gente está tentando trazer alguma coisa muito específica de people skills, para a gente se aprofundar e para a gente se apropriar disso.


Perfeito.


E para facilitar o acesso de todos que nos assistem, nós disponibilizamos os links destes livros diretamente na descrição.


Além disso, eu convido vocês a explorarem nossa seção livros no site podbrand.design.


Lá nós reunimos uma curadoria com mais de 220 livros recomendados por nossos convidados.


Não deixem de conferir e o link também se encontra aí abaixo na descrição.


Indo para o final, eu trago a pergunta da Juliana Montagnier.


Ela é fundadora da Monjolie, que é uma empresa inovadora de chás no Brasil, e que esteve recentemente no Podbrand.


Ela formulou essa questão sem ter ideia de que seria você a nossa próxima convidada.


Então, o que você recomenda aos empreendedores que estão iniciando sua carreira?


Primeiro eu tenho um mantra que você pegou no ponto agora, falou sem que ela soubesse que seria você a próxima convidada.


Não existe coincidência, nada é por acaso e tudo faz sentido.


Esse é meu mantra em todas as aulas.


Eu também sou sócia aqui da Link School of Business, a gente tem uma escola de empreendedorismo aqui no Brasil, e a gente tem os quatro anos de People Skills aqui, e todas as aulas aonde eu entro, aonde eu treino os professores, eu falo sobre isso.


Então, a dica aqui é primeiro para entender esse princípio, e tudo que você planta você acaba colhendo.


A gente não entende muito o que vem por fora, mas a gente entende o que a gente planta internamente.


Então, o começo de um empreendedorismo, o começo de uma trajetória, eu acho que é tudo que a gente passou, eu escutaria esse episódio com todo o coração, porque a forma como o Maurício ele estruturou é um processo, que é o descobrir e é o autoconhecimento para recriar então o que a gente entende de potencialidade, para desconstruir as nossas resistências internas, para construir esse caminho e manter o equilíbrio para a gente conseguir ter uma vida melhor, ter uma vida mais saudável.


Então, acho que a minha grande contribuição aqui é esse equilíbrio dinâmico, pensando em quem é você, no que você faz bem, e no que você pode devolver para o mundo de uma forma genuína, que transborda, que é o doador, que fala, outro título muito bacana é do Adam Grant, que fala muito dos doadores, como o principal, a escala mais baixa de sucesso é de doadores, mas a escala mais alta de sucesso também é de doadores, e a diferença entre elas é que os doadores da base da pirâmide ali, são doadores que doam esperando alguma coisa em troca, doam porque querem aceitação, doam porque falta, e os doadores na ponta que são os de sucesso, são os doadores que doam sem esperar nada em troca, porque transbordam, porque sobra.


Então, o que eu falaria é, para você transbordar, você tem que ser um doador de verdade, mas para isso você precisa se conhecer, fazer bem o que você faz, então se apropriar e potencializar, e aí devolver ao mundo, e isso vai ser natural, e o mundo seria um lugar muito melhor para se viver, muito melhor para se trabalhar, muito melhor para a gente conviver nesse tempinho aí que a gente tem chamado vida.


Excelente, e se você pudesse fazer uma única pergunta ao nosso próximo convidado, qual seria?


Essa é fácil, o que é felicidade para ele, e aí depois você me manda, que eu quero saber.


Perfeito, será feita essa pergunta na próxima semana, para o nosso próximo convidado.


Muito bem Carol, muito obrigado por toda essa explanação maravilhosa do método que tu criaste, do trabalho que tu tens desenvolvido para desenvolver talentos individuais e coletivos nas empresas que tu prestas consultoria, e através da Link (School of Business).


Muito obrigado de coração por ter compartilhado a tua bagagem com a gente.


Certamente as pessoas vão sair desse episódio com a sua melhor versão.


Eu que agradeço, e eu acredito muito em parceria Maurício, então que a gente consiga juntos espalhar pelo mundo essas potencialidades para as pessoas atingirem essa melhor versão, que esse é o único caminho para a felicidade verdadeira.


Muito obrigado por fazer a diferença, de coração, até breve.


Confira o podobrand.design para acessar todos os nossos episódios e as valiosas recomendações de leitura da Caroline e de nossos brilhantes convidados.


Faça um favor a nós e a alguém que você conhece, compartilhe este episódio e inscreva-se em nosso canal, o mundo precisa de mais sonhadores e fazedores em busca de sua melhor versão.


Até o próximo episódio do Podobrand, o podcast do design.

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